Estratégia para engajar e gerar melhor performance a seus colaboradores
Todo ano novo sempre proporciona reflexões e a construção de perspectivas para o que virá. Trata-se de condição habitualmente natural em nossas vidas pessoais, assim como ocorre no ambiente das empresas, onde gestores, quadros diretivos e equipes se organizam para, juntos, estabelecerem o planejamento e estratégias do ano que se inicia, contemplando a empresa e seus negócios.
Entre a visão e execução há as pessoas que, no caso de uma empresa, são seus colaboradores, que desempenham papel preponderante nesta conexão, dado que este tipo de atividade é muito importante para construção do futuro de quaisquer empresas e seus negócios, independente de porte e segmento de atuação. Tudo isto ganha relevância maior se os sonhos forem construídos juntos!
Afinal de contas, empresa alguma consegue sustentar seu negócio sem a participação de pessoas, por mais avançada e necessária que seja a incorporação da tecnologia em seus diversos níveis, processos e operações. Apenas no que diz respeito à tecnologia, que cada vez está mais embarcada no dia-a-dia das empresas, precisamos entender que o foco não é ela em si, mas, sim, no que e como ela permite ao colaborador integrar e qualificar a performance da produtividade das entregas de suas atividades no dia-a-dia.
Portanto, é fato que empresas que desejam construir um ano de 2021 de sucesso necessitarão, além de um conjunto de fatores de gestão e mercado, colocar seus colaboradores no centro de tudo, assim como é feito com os clientes.
É desta combinação que a empresa constrói grande parte de seus diferenciais competitivos e é formada uma cultura organizacional robusta, bem fortalecida, com engajamento das pessoas na condição de colaboradores.
Em termos práticos, dentro deste contexto há a necessidade da construção em sua empresa da jornada dos colaboradores e, nela, avaliar a experiência que há no desenvolvimento de suas atividades e trabalho, agregadas a uma trilha de conhecimento e aprendizado.
Você certamente já deve ter ouvido alguma discussão ou assunto sobre a jornada de compra de um consumidor e, como complemento, a inserção de sua experiência neste contexto, principalmente nos meios digitais, onde a tecnologia mostra-se presente em pratica- mente tudo, principalmente para a coleta e uso de dados. Atente-se, portanto, a partir de agora, nesta nossa discussão, a estes dois elementos: jornada de compra e experiência do consumidor.
Neste sentido, fizemos a adaptação estratégica da jornada de compra e experiência do cliente do marketing e vendas para a jornada e experiência de trabalho para engajar e gerar melhores performances a seus colaboradores.
É a partir desta discussão, habitualmente concentrada na função de Marketing, com possibilidades de incorporação também na função de Vendas, que o conceito também se desdobrou para dentro das empresas, numa relação mais direta com os colaboradores, articulada em sua jornada e, por consequência, na experiência que a empresa consegue estabelecer nas relações mantidas em cada uma das fases desta jornada, proporcionadas a seus colaboradores.
Quanto à aplicação da jornada de compra no contexto do Marketing, ela tem início, por exemplo, e de maneira bem simples, direta e objetiva, quando um consumidor pensa em comprar algo e já se movimenta para efetuar uma busca na Internet. Daí a importância da presença digital de uma marca nos meios eletrônicos para, minimamente, participar da construção desta jornada.
Voltando a discussão para dentro da empresa, mais especificamente no campo da jornada de um colaborador, ela pode ter início, por exemplo, quando um profissional que está à procura de uma oportunidade de emprego, acessa determinado canal digital de sua empresa nas redes sociais para conhecer um pouco mais sobre ela e, principalmente, verificar a disponibilidade de vagas abertas em processos de recrutamento e seleção.
Desta forma, muitas vezes esta jornada, ainda que para alguém com pretensões de ser colaborador, começa ou termina exatamente aqui, dependendo da experiência obtida, além de outros aspectos.
Apenas a título de informação, a experiência do colaborador referenciada nesta discussão é, muitas vezes, conhecida mais tecnicamente como employee experience. É importante tal destaque para o caso de você desejar se aprofundar no assunto por meio de buscas na Internet.
Com tais exemplos contextualizados, acreditamos que você já seja capaz de construir o sentido lógico destas relações, ou seja, assim como há uma jornada do consumidor, há, também, uma jornada do colaborador, que pode ser construída a partir destas fases identificadas abaixo, mapeando todo o processo de interação com a empresa, em seu ciclo de trabalho, desde o momento em que ainda se coloca como um candidato a uma vaga (por exemplo), passando pela sua participação nos processos de recruta- mento e seleção e contratação, até sua demissão ou aposentadoria.
Abaixo apresentamos separadamente as fases que compõem esta jornada de um colaborador, para que você possa refletir no contexto de sua empresa, envolvendo as lideranças, com especial coordenação pelas áreas de Gestão de Pessoas ou Recursos Humanos:
- Atração de talentos;
- Recrutamento;
- Seleção;
- Contratação;
- Integração;
- Vivência e desenvolvimento profissional e pessoal;
- Demissão ou aposentadoria.
Muito mais do que apresentar definições para cada uma destas fases, tendo em vista que podem ser discutidas com os elementos indicados no exercício proposto, face o fácil entendimento que pode ser feito, é importante que as empresas considerem o objetivo de cada uma delas e, principalmente, como, onde, quem e quando são executadas.
Comece a visualizar e construir inicialmente um modelo mental para a jornada de seus colaboradores. Tudo é, está e necessita operar de maneira integrada, demandando muito trabalho para tanto, pois não se trata de tarefa simples. Numa fase mais avançada do trabalho, recomenda-se um olhar especial às metodologias ágeis de gestão que estão dispo- níveis para atividades afins.
Note que a execução sobre como saber fazer ganha maior relevância se comparada com a própria definição de cada uma das fases, de maneira que é neste “como saber fazer” que residem os espaços estratégicos que as empresas têm para a criação de uma experiência minimamente positiva ou, no outro extremo, memorável a seus colaboradores, valorizando e encantando-os para reconhecê-los como talentos que têm muito a contribuir ao sucesso do negócio da empresa, por meio de seu trabalho, performances e entregas diárias.
A partir do momento em que cada fase é muito bem trabalhada, inclusive com reconheci- mento e tratamento de problemas que nelas existem, bem como de micro interações a relações mais complexas, todos ganham: empresa, colaboradores e clientes, dentro de uma lógica coletiva.
É também importante destacar que no espaço de cada uma destas fases se articulam as possibilidades do desenvolvimento das ações de Endomarketing.
De maneira bem resumida, entenda Endomarketing como um conjunto de medidas conceituais e práticas adotadas aos colaboradores, resultando na amplificação interna de ações e ferra- mentas de Gestão de Pessoas, de maneira articulada com as ações e ferramentas de Marketing, para atrair, conquistar, engajar e reter os melhores talentos na empresa, assim como é feito sistematicamente com os clientes pelo Marketing e Vendas.
Se para o Marketing e Vendas o objetivo é manter o cliente satisfeito com os produtos e serviços oferecidos pela empresa, no Endomarketing o objetivo para a Gestão de Pessoas é manter o colaborador satisfeito e engajado com seu trabalho.
Na articulação do Endomarketing, ganham relevâncias estratégicas novamente as lideranças (gestores) e a comunicação interna, constituindo-se como elementos funda- mentais para que cada uma das fases pelas quais um colaborador percorre na empresa possa permitir a realização das melhores experiências.
Nesta fase avançada da discussão, próxima da conclusão, espera-se que você seja capaz de articular, numa visão ampliada, o que é jornada do colaborador, a relevância de cada uma de suas fases, o sentido real e estratégico da experiência que o colaborador desenvolve nela, a necessária articulação combinada entre as áreas de Marketing e Gestão de Pessoas e o papel das lideranças e da comunicação interna para sua operacionalização.